Finados

22 de out. de 2010 - não enviada por Graci
Se um dia eu morrer, que seja assim
Sem pressa e sem dano, enfim
Ausente e inteira, em meio ao concreto
Brisa fresca no ambiente sedento
Que seja assim, um ramo de flor, muito de mim



(Túmulo abandonado no Cemitério Municipal de Guarapuava. Poesia na tarde sedenta)

3 Response to "Finados"

  1. Camila Rufine Says:

    Minhas rimas são sempre fracas, minha criatividade é nula e meus projetinhos de poesia saem sempre estilo pré-primário.
    É só por isso que senti uma puta inveja branca ao ler esse post. só por isso.

  2. Paula de Assis Fernandes Says:

    Lindo, Gra. E concordo com a Camis.

  3. Anônimo Says:

    A respeito da foto...

    Como o tumulo pode ser abandonado
    Se seu inquilino é fixo
    O ali sepultado
    Jaz a sombra do crucifixo
    A flor que brota
    O vento que sopra
    A certeza que temos
    Ao final de uma tarde
    Todos descansaremos
    Abaixo de uma lapide.


    Que seja assim, em fim.
    A espera do concreto sedento
    Restou um ramo flor
    Um sepultamento.